Tuesday, May 30, 2006

Escola do Legislativo faz
parceria com 22 sindicatos

NELSON TOWNES

Pela primeira vez na história do sindicalismo de Rondônia, 22 presidentes de sindicatos e associações de diferentes categorias de trabalhadores reuniram-se ontem de manhã em Porto Velho num único evento e com o mesmo objetivo: assinar convênios com a Assembléia Legislativa para intercâmbio e cooperação técnico-científica e cultural através da Escola do Legislativo.
Eram 19 presidentes de servidores públicos e 1 de trabalhadores rurais e mais 2 presidentes de associações profissionais, firmando termo de cooperação com a Escola do Legislativo destinado à qualificação profissional e cultural dos filiados sem despesas para os sindicatos.
As siglas dos sindicatos parceiros da Escola do Legislativo são as seguintes: Sindler, Simporo, Sinsempro, Sinderon, , Sindeprof, Sindsef, Singeperon, Sindafisco, Sinder, Sindet, Sintev, Sinsaúde, Sinfisco, Sinjur, Sinpfetro, Sindepro, Sinpec, Sinsepol, STR e Sintraer. Assinaram também convênios as associações profissionais Adrecf (policiais militares) e Asof (bombeiros).
A maior parte dos sindicatos agora conveniados com a Assembléia Legislativa, representam praticamente todo o universo do funcionalismo público de Rondônia. O único sindicato conveniado que não está envolvido com o serviço público, o dos trabalhadores rurais (STR), representa outra importante parcela da população.
A natureza dos convênios é igualmente histórica: promover o desenvolvimento institucional e dos recursos humanos de cada sindicato, conforme explicou o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira.
“O maior patrimônio que o Estado e os municípios de Rondônia têm são os servidores públicos” – disse o deputado Carlão de Oliveira após assinar os convênios, juntamente com o diretor geral da Escola do Legislativo, Max Barbosa e com os presidentes das entidades classistas.
A parceria com a Escola do Legislativo visa dar aos sindicalizados – e futuramente a seus dependentes – acesso a seminários, cursos regulares, cursos de Pós-Graduação, especialização e outros eventos destinados ao aprimoramento cultural e profissional dos trabalhadores.
Em seu discurso, o deputado Carlão de Oliveira reafirmou que o único caminho para o desenvolvimento e o fim da violência em Rondônia e no Brasil é a Educação e disse que somente valorizando os servidores públicos haverá progresso em Rondônia..
O diretor da Escola do Legislativo, Max Barbosa, disse, por sua vez, que a instituição tem hoje 80 instrutores preparados em instituições de nível superior para ministrar seus cursos, palestras, oficinas etc.
Max Barbosa explicou que a Escola do Legislativo recentemente firmou convênios de pesquisa e cooperação técnica e cultural com oito instituições de ensino superior em Rondônia.

Monday, May 29, 2006

Bacia Leiteira forma bloco
legislativo com a Assembléia

Por Nelson Townes

Vereadores de seis Câmaras Municipais da Região Bacia Leiteira de Rondônia – Ouro Preto d´Oeste e adjacências – reunidos ontem de manhã (29) aqui, declararam-se unidos à Assembléia Legislativa e ao seu presidente, deputado Carlão de Oliveira, “formando um bloco pluripartidário regional” para o “fortalecimento do Poder Legislativo como um todo” – como disse o presidente da Câmara Municipal de Ouro Preto d´Oeste, Edson Gasparotto.
O deputado Carlão de Oliveira foi homenageado pelos presidentes e vereadores das Câmaras Municipais, além de Ouro Preto d´Oeste, Edson Gasparotto; de Nova União, Lúcio Oliveira; Mirante da Serra, Éder Trindade; de Urupá, Célio de Jesus; de Teixeirópolis, Cícero Negrini, e de Vale do Paraíso, Elionaldo Guimarães dos Santos – por seu trabalho pela “valorização dos vereadores.”
Essas Câmaras integram o segundo bloco legislativo pluripartidário intermunicipal que se alia à Assembléia Legislativo para consolidação de um parlamento rondoniense estadual-municipal integrado através do Programa Intercâmaras da Escola do Legislativo, visando o aperfeiçoamento do processo legislativo, o desenvolvimento profissional dos servidores e da população em geral.
O primeiro bloco legislativo municipal pluripartidário alinhado com o ideal de integração parlamentar do deputado Carlão de Oliveira foi formado em novembro de 2005 por vereadores da Zona da Mata, entre eles cinco presidentes de Câmaras Municipais da região, reunidos em Alta Floresta, pela defesa da cidadania, Educação e desenvolvimento dos municípios rondonienses.
A vereadora de Ouro Preto d´Oeste, e ex-deputada estadual em 1986, Joselita Araújo (a mais votada no pleito) entregou ao deputado Carlão de Oliveira uma plaqueta em nome dos demais vereadores por seu esforço pela valorização dos parlamentos municipais e do trabalho dos vereadores. “É a essência do exercício democrático” – disse Joselita.
Na ocasião, as seis Câmaras Municipais renovaram convênios com a Escola do Legislativo para a ampliação do Programa Intercâmaras, acesso aos cursos presenciais e à distância, às oficinas e a criação de novos cursos, entre eles os de informática comunitária, com equipamentos fornecidos pela Assembléia - como explicou o diretor geral da instituição, Max Barbosa, presente à cerimônia.
Max Barbosa anunciou que o Programa Intercâmaras vai disponibilizar, a partir da próxima semana, 79 cursos do Interlegis (do Senado) por vídeo-conferência.
A direção da Escola do Legislativo aproveitou a reunião de ontem de manhã para distribuir mais de 70 certificados de conclusão de curso de redação oficial ministrado em Ouro Preto d´Oeste por seu instrutor Elieudo Buriti.
O primeiro a receber certificado foi o vereador local Antonio de Souza Pena Filho, das mãos do presidente da Assembléia, deputado Carlão de Oliveira.
Na solenidade, Carlão foi saudado pelos presidentes das Câmaras Municipais de Teixeirópolis, Cícero Negrini, que o parabenizou pela “parceria” da Assembléia Legislativa com as Câmaras e anunciou que está construindo um plenário especial para as sessões integradas on line pelo Programa Intercâmaras e transmitidas em vídeo-conferência para todo o Estado.
O presidente da Câmara Municipal de Urupá, vereador Célio de Jesus, agradeceu e pediu à Assembléia Legislativa que estreite mais ainda a integração com o parlamento municipal.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Ouro Preto, Edson Gasparotto, ressaltou a importância da Escola do Legislativo como fator de aproximação entre a comunidade e o parlamento. “Mostra que o Poder Legislativo existe não apenas para fazer leis, mas para ajudar a desenvolver a comunidade.”
Gasparotto definiu a Escola do Legislativo de Rondônia como a mais nova do Brasil e, ao mesmo tempo, “uma das mais modernas e que está ultrapassando as antigas.”
O deputado Carlão de Oliveira definiu a importância da integração parlamentar executada péla Assembléia e pela Escola do Legislativo, lembrando que, quando era vereador, “nunca” teve a oportunidade “de falar com um deputado”. E falou dos “chás de banco” que tomava.
“Hoje estamos fazendo essa integração (Assembléía-Câmaras) e tem gente que ainda não percebeu a grandiosidade desse projeto” – disse Carlão. “Nosso projeto é mostrar a importância da Educação (e do desenvolvimento Cultural) para a comunidade.”, “hoje Rondônia tem o maior projeto do Brasil sobre ensino à distância.”
O parlamentar voltou a advertir sobre a falta de Educação como a causa da violência no País. “O que aconteceu em São Paulo e Rio é reflexo de 25 anos sem Educação e se nada for feito para os próximos 20 anos o crime vai aumentar”.
Carlão de Oliveira referiu-se em seguida ao que vem sendo feito pela Assembléia Legislativa, através da Escola do Legislativo, como valorização dos servidores do legislativo nas várias áreas, como a da Saúde, através do Centro de Saúde do servidor Ele colocou a Escola do Legislativo à disposição das Câmaras como “atividade complementar do legislativo”. “Hoje Rondônia tem o maior projeto do País em ensino à distância” – disse.

Friday, May 26, 2006

Sistema financeiro anti-corrupção é
mostrado no Seminário do Legislativo

NELSON TOWNES

Até o próximo ano, Rondônia poderá se tornar o primeiro Estado do Brasil a ter seus municípios usando o Siafi (Sistema de Administração Financeira do Governo Federal), conforme idéia do Poder Legislativo, para que os municípios e as Câmaras de Vereadores administrem e controlem diretamente pela Internet o pagamento de verbas repassadas pelo Governo Federal.
O anúncio – já batizado de Sistema anti-Corrupção – foi feito ontem na Escola do Legislativo pelo consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados, Francisco Lúcio Pereira Filho, no encerramento do Seminário sobre o Poder Legislativo Municipal realizado pela manhã na Escola do Legislativo.
Francisco Lúcio disse que a Escola do Legislativo, ao transformar Rondônia no único Estado brasileiro com todas as Câmaras de Vereadores conectadas pelo Programa Intercâmaras, criou condições para que se comece aqui um projeto que a Comissão Mista de Orçamento apresentou em Brasília ao Tesouro Nacional para que inclua os municípios como unidades gestoras do Siafi.
O consultor explicou que isso permitirá que a execução financeira dos recursos federais referentes a convênios sejam feitas pelos próprios municípios, pagando diretamente a seus fornecedores, dentro do Siafi. “Evita-se que o município tenha de administrar várias contas bancárias e colocam-se todos os recursos à disposição dos municípios na própria conta única do Tesouro Nacional.”
Isso possibilita ainda a economia de tarifas bancárias, acelera a liberação das verbas e facilita a administração dos convênios que já estiverem com o financeiro liberado. “E permite às Câmaras Municipais acessar o Siafi com senha própria para consultar os pagamentos efetuados e o montante de recursos a ser pago.”
Uma outra vantagem será permitir aos vereadores observar e fiscalizar fatos como a existência de um único fornecedor para um bem ou serviço. Ele disse que se o sistema estivesse funcionando poderia ter sido detetadas mais cedo irregularidades como o das Ambulâncias sob investigação da Câmara dos Deputados.
O consultor da Câmara acredita que se Tesouro Nacional concordar com a proposta do Legislativo, o modelo municípios-Siafi entrará em vigor a partir da liberação financeira dos empenhos e convênios de 2007.

Encerramento

O Seminário do Poder Legislativo foi encerrado no final da manhã de ontem pelo presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira. Num pronunciamento para os 150 vereadores que lotavam o auditório da Escola do Legislativo, Carlão lembrou já ter exercido o cargo de vereador e solidarizou-se com as dificuldades que eles enfrentam quando não encontram as informações necessárias para seu trabalho: “Sei o que é ser vereador” – disse.
O deputado Carlão de Oliveira anunciou que a Escola do Legislativo poderá proximamente realizar outros eventos similares ao Seminário para Vereadores encerrado ontem.
O diretor da Escola do Legislativo, Max Barbosa, disse que por orientação do presidente da Assembléia Legislativa, a instituição de ensino prosseguirá dando apoio técnico, informações e transferindo tecnologia para as Câmaras Municipais de Rondônia.
O coordenador do Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento da Câmara dos Deputados, Alexandre Caçador Ventura, elogiou o “alto nível” do interesse e do conhecimento dos vereadores da Região Norte presentes ao seminário realizado em Porto Velho. “Os senhores estão no caminho certo e outras realizações como esta acontecerão
.”

Thursday, May 25, 2006

Vereadores aprendem a usar o
poder no Seminário do Legislativo

Por Nelson Townes


Cerca de 150 vereadores representando as Câmaras Municipais de três Estados, Rondônia, Acre e Amazonas estão participando do Seminário sobre Poder Legislativo Municipal, promovido pela Câmara dos Deputados em conjunto com a Escola do Legislativo da Assembléia Legislativa de Rondônia, no auditório da Escola do Legislativo.
O encontro, aberto na tarde de quarta-feira, 24, no auditório do Tribunal de Contas do Estado, é, como disse o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira, no discurso com que coroou a solenidade de abertura, uma oportunidade para vereadores que se elegeram sem conhecer bem o processo legislativo “de se prepararem para ser vereador.”
A consolidação do conhecimento dos vereadores acerca do papel do Poder Legislativo Municipal, um dos objetivos do seminário, começou a se manifestar logo na primeira conferência do encontro – sobre “Tributação Municipal” – quando se levantou dúvida sobre a legalidade da forma como vem sendo cobrado imposto sobre a iluminação nas contas domiciliares de energia elétrica em Porto Velho.
O conferencista Adriano da Nóbrega, mestre em Direito pelo Centro Universitário de Brasília e Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados, ensinou que a taxa de contribuição para a iluminação pública é um imposto como qualquer outro e deve ter um valor fixo, e não um percentual sobre o consumo de energia.
A questão foi levantada por alguns dos participantes no auditório, que protestavam contra a cobrança da taxa conforme o consumo pessoal de energia. O conferencista disse que a questão precisa ser examinada porque a contribuição sobre iluminação pública refere-se ao serviço de eletricidade existente na rua e que beneficia não apenas os residentes, mas os que passam pela rua.
“O nome contribuição é apenas uma forma de suavizar a palavra tributo” – disse Nóbrega, sobre a taxa de contribuição de iluminação pública. Nas faturas sobre consumo residencial de energia elétrica emitidas pela companhia estatal Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) o item referente ao tributo aparece apenas como “iluminação pública”, sem explicação sobre seu cálculo.
Outro ponto da conferência de Nóbrega que pareceu mais concentrar a atenção dos vereadores foi sobre os critérios que eles devem ter antes de formular ou aprovar qualquer lei tributária municipal: “A lei tem que responder a cinco perguntas – por que o tributo nasce? Quando nasce? Quem deve? Onde é devido? Quanto é devido? – e não deve ser inconstitucional” – ensinou ele.
O seminário prosseguiu ontem no auditório da Escola do Legislativo. O conferencista Amandino Teixeira Nunes Júnior, consultor da Câmara dos Deputados, fez muitos vereadores se entreolharem durante sua palestra sobre “Hierarquia das Normas e Competências Municipais” quando disse que o processo legislativo municipal deve ser igual ao processo legislativo federal.
Em outras palavras, Amandino enfatizava que alterações na lei orgânica dos municípios somente devem ser feitas de acordo com as alterações da Constituição Federal. Ele falava da Constituição Federal como norma fundamental, e de sua supremacia formal e material.
As principais autoridades do Estado de Rondônia participaram da abertura do Seminário do Legislativo Municipal. Na mesa de honra estavam o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira, que, como anfitrião do encontro, abriu e encerrou a solenidade e o governador do Estado de Rondônia, Ivo Cassol.
Além desses, estavam na mesa o representante da Câmara dos Deputados, deputado Agnaldo Muniz; o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho; a presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Sandra Morais e o diretor da Escola do Legislativo, Max Barbosa.
Todas autoridades presentes elogiaram a realização do Seminário do Legislativo e a preocupação da Assembléia Legislativa em trabalhar pela consolidação e desenvolvimento da atividade parlamentar estadual e nos municípios através da Escola do Legislativo.

Monday, May 22, 2006

Forças Armadas são parceiras da
Escola do Legislativo em ação social
Por Nelson Townes

O Exército e a Força Aérea Brasileira participaram do “Dia da Solidariedade” promovido pela Escola do Legislativo, órgão da Assembléia Legislativa, em benefício da comunidade carente do populoso bairro JK 2, na periferia Leste de Porto Velho, sábado passado, 20 de maio.
Os militares fizeram palestras educativas para centenas de alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Luís, da rua Mário Andreazza, 8.186, levando-os a debater temas regionais que variavam da história da Amazônia à questão indígena e desenvolvimento sustentado, até prevenção de saúde bucal.
A Polícia Militar de Rondônia também participou do “Dia da Solidariedade”, através do Corpo de Bombeiros, que falaram às crianças e adolescentes sobre a prevenção de acidentes.
Simultaneamente, instrutores, técnicos e servidores da Escola do Legislativo e uma equipe de médicos e pára-médicos do Centro de Saúde do Servidor da Assembléia Legislativa, sob coordenação pessoal do diretor do centro, Odmar Mathias, atendiam os moradores, respectivamente, com atividades culturais, esportivas, e de lazer e ações preventivas de Medicina e Saúde.
A diretora da escola "São Luís", Clarinda de Araújo Gomes, disse que o “Dia da Solidariedade” foi uma festa de “surpreendente” participação popular que atraiu não apenas moradores do JK 2, mas também bairros vizinhos.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira, visitou a Escola São Luís para ver como transcorriam as atividades. Foi reconhecido pela garotada que o cercou para pedir autógrafos.
Carlão foi cercado pelos escolares e atendeu a uma fila que parecia não ter fim de meninos e meninas que queriam conhecer de perto o presidente da Assembléia Legislativa.
A dona de casa Deusimar de Conceição Souza, residente na rua Jaqueline Ferri, bairro Flamboyant, levou os três filhos, de 8. 4 e 3 anos, para participarem da programação e, no final da manhã dizia que “foi muito bom” para o “desenvolvimento das crianças”: “Foi estimulante e muito boa a atenção à Saúde.”
Jovens e crianças que raramente têm oportunidades de lazer e de esportes nos bairros mais periféricos e carentes da cidade participavam de torneios, brincadeiras e jogos.
A programação geral foi realizada pela equipe coordenada pelo instrutor da Escola do Legislativo Leonardo Kyshakevych.
A instrutora Josinéia Araújo levava grupos de dezenas de adolescentes a praticarem ginástica, enquanto se formavam times de futebol e de vôlei.
Enquanto, moradores que têm dificuldades de acesso aos serviços públicos de Saúde eram atendidos em consultórios de pediatria, ginecologia e fisioterapia instalados por Odmar Mathias em salas de aula.
No final da manhã, mais de 2 mil sanduíches e cerca de 500 litros de refresco foram servidos para as crianças e jovens.
Vereadores da Região Norte reúnem-se em Porto Velho

Por Nelson Townes

Vereadores e assessores técnicos das Câmaras Municipais de todos os Estados da Região Norte do Brasil estão chegando a Porto Velho para a abertura, amanhã, quarta-feira, dia 24 de maio, do Seminário sobre Poder Legislativo Municipal promovido pela Câmara dos Deputados em conjunto com a Escola do Legislativo da Assembléia Legislativa de Rondônia.
O seminário será aberto às 15 horas desta quarta-feira com uma solenidade no auditório do Tribunal de Contas do Estado, avenida Presidente Dutra. Às 16 horas está uma palestra sobre “Princípios Orçamentários e Financeiros e Lei de Responsabilidade Fiscal”, proferida pelo especialista em finanças públicas Francisco Lúcio Pereira Filho.
O encontro é uma iniciativa do Grupo de Apoio à Interação Legislativa da Câmara dos Deputados, com o objetivo de fomentar a integração institucional entre o legislativo federal e os legisladores estaduais, do Distrito Federal e dos municípios. Visa também consolidar o conhecimento dos vereadores acerca do papel do Poder Legislativo Municipal.

PALESTRAS FUNDAMENTAIS
Seis outras palestras consideradas fundamentais ao bom exercício do mandato do legislador municipal serão proferidas por outros cientistas políticos e econômicos na quinta-feira, dia 25, e na sexta-feira, dia 26, no auditório da Escola do Legislativo, na rua Afonso Pena, entre as ruas Marechal Deodoro e Tenreiro Aranha.
O especialista em Direito Público, Administrativo e Constitucional, Amandino Teixeira Nunes Júnior, falará às 9 horas da manhã de quinta-feira, 25, na Escola do Legislativo, sobre “Hierarquia das Normas, Competências Municipais e Processo Legislativo”.
Ainda na manhã de quinta-feira, no mesmo local, às 10h30, Cláudio Moura Silva, especialista em gestão ambiental e ordenamento territorial, fará uma palestra sobre “Desenvolvimento Urbano.”
Na tarde de quinta-feira, às 15h30, sempre na Escola do Legislativo, o médico especializado em Saúde Pública, Políticas Públicas e Gestão Governamental, Hugo Fernandes Júnior, fará uma palestra sobre “Saúde”. No mesmo local, às 16 horas, falará o consultor de orçamentos Wagner Primo Júnior, com o tema “Previdência e Assistência Social: a Perspectiva das Câmaras e Assembléias.”
Na sexta-feira, 26 de maio, às 9 horas, o assessor jurídico da Câmara, Abrahan Lincoln Ferreira Cardoso, fará palestra com o tema “Poder Legislativo na História; às 10h30, o mestre em Direito pelo Centro Universitário de Brasília e Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados, Adriano da Nóbrega Silva, falará sobre “Tributação no Município.”


Friday, May 19, 2006


A origem da violência
está na falta de educação,
diz Carlão de Oliveira

Por Nelson Townes

“A violência que vemos pela TV é reflexo de 25 anos em que não investimos em educação” – disse o presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Carlão de Oliveira, elogiando a celebração de convênios, anteontem, entre oito instituições de ensino superior em Porto Velho e a Escola do Legislativo, para cooperação técnica e cultural com vistas à educação popular.
“O que será de nossos netos daqui a 25 anos se nada fizermos agora?” – continuou Carlão de Oliveira. “Se não nos preocuparmos agora com a educação do povo, investimentos em Rondônia como o das futuras usinas der Furnas estarão gerando emprego para gente de fora enquanto nosso povo continuará desempregado.”
O parlamentar destacou que a Escola do Legislativo – “modesta e pequena” – tornou-se em pouco mais de dois anos numa referência nacional pela promoção da Educação e da defesa da cidadania, e que o Projeto Ecolegis e a parceria da Escola com as instituições de ensino superior concretiza uma idéia apoiada por todos ao deputados da 6ª Legislatura.
O Projeto Ecolegis – como explicou o diretor-geral da Escola do Legislativo, Max Barbosa, representa uma proposta de parceria “bastante aberta” com as faculdades não apenas em Porto Velho, mas em Brasília, através do Programa Interlegis e da rede de 23 Escolas do Legislativo no País – para realização de atividades acadêmicas com a presença de especialistas em Porto Velho ou à distância, através de vídeo-conferências.
“Em contrapartida – continuou Max – pedimos ás faculdades que nos apóiem em nossas atividades como as que realizamos com 18 sindicatos de trabalhadores conveniados com a Escola, que nos ajudem a levar a todos os servidores de Rondônia a informação e o conhecimento.”
Em nome das instituições de ensino superior conveniadas com a Escola do Legislativo, falou o professor Francisco Estácios Neto, coordenador de pós-graduação da Faro (Faculdades de Ciências Humanas e Letras de Rondônia), lembrando que o perfil do trabalhador mudou no Brasil no mundo. No passado, o trabalhador usava a força física, hoje a energia que mais se precisa é a intelectual.”
“O emprego não acabou - disse – o emprego, no comércio ou na prestação de serviços, está no setor terciário. E no setor terciário o que se precisa é de conhecimentos. Precisamos estar estudando sempre. Daí a importância da Escola do Legislativo e de seus programas que levam conhecimento para todos, principalmente para as camadas mais humildes.

Escola do Legislativo
faz convênios
com Faculdades


Por Nelson Townes
Fotos: Ademilde Correia

O deputado Carlão de Oliveira fala na Escola do Legislativo. Ao lado, o diretor geral, Max Barbosa.


Oito instituições de ensino superior de Porto Velho assinaram convênios para cooperação técnica e cultural com a Escola do Legislativo de Rondônia, numa cerimônia realizada no final da manhã de ontem no auditório da escola.
É o início do Projeto Parcerias Ecolegis – concebido pela Escola do Legislativo com vistas ao desenvolvimento profissional dos servidores do Legislativo rondoniense – inclusive os vereadores – e, em contrapartida, oferecer à comunidade acadêmica facilidades tecnológicas para atividades inter-estaduais.
A cerimônia foi presidida pelo presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, deputado Carlão de Oliveira, principal mantenedor e um dos idealizadores da Escola do Legislativo como instrumento de melhoria do serviço público, de promoção da cidadania e de inclusão social pela educação.
As instituições de ensino superior signatárias dos convênios com a Escola do Legislativo são as seguintes: Faro, Fimca, FIP, São Lucas, Ulbra, Uniron, Unipec e Unintes.
Pela Escola do Legislativo, assinaram o deputado Carlão de Oliveira, presidente da Assembléia Legislativa e Max Barbosa, diretor geral da escola.
Representando as instituições de ensino superior, assinaram os convênios: Francisco Estácios Neto, coordenador de pós-graduação da Faro (Faculdades de Ciências Humanas e Letras de Rondônia); Maria Sílvia Fonseca Ribeiro Carvalho de Moraes, vice-diretora da Fimca (Faculdades Integradas Aparício de Carvalho); Haroldo Cristóvam Teixeira Leite, diretor-acadêmico da FIP (Faculdade de Porto Velho); Jaime Gazola, diretor-financeiro da Faculdade São Lucas; Pedro Gomes Rates Neto, diretor-geral do Ulbra (Instituto Luterano Superior de Porto Velho); Fernando Mauro de Toledo Prado, diretor-executivo da Uniron (União das Escolas Superiores de Rondônia); Juarez Américo do Prado, presidente da Unipec (União das Escolas Superiores de Porto Velho); Antonio Fernando Fernandes, diretor da Unintes (União das Instituições de Formação Continuada em Negócios, Tecnologia, Educação e Saúde.)
Estavam presentes à solenidade o deputado João Batista (João da Muleta) e o presidente da Câmara Municipal de São Francisco, vereador Éder Machado; a diretora-pedagógica da Escola do Legislativo, Roseli Rodrigues, professores universitários, acadêmicos e servidores públicos.
A cerimônia foi transmitida por vídeo-conferência para os municípios de Cacoal, Candeias e São Francisco.

Thursday, May 11, 2006


Escola do Legislativo vê
destruição do rio Madeira


Por NELSON TOWNES

Os moradores de Porto Velho estão transformando o rio Madeira, que banha a cidade, num esgoto e num lixão. A constatação foi feita por servidores da Assembléia Legislativa que participaram de uma aula da Escola do Legislativo sobre preservação ambiental e qualidade de vida realizada nesta quinta-feira, 11-05-06, de manhã a bordo do barco “Comandante Nossa Senhora Aparecida”, navegando na orla desta Capital.
“O rio que abastece Porto Velho tem todo tipo de derramamento de esgoto e de fossa” – disse o biólogo Elias Correa, instrutor da Escola do Legislativo, fazendo os passageiros-alunos olharem do convés do barco para o cenário de sujeira que se acumula na margem onde se localiza a cidade.
O biólogo pedia aos servidores que se imaginassem como turistas chegando a Porto Velho pelo rio e sendo “recebidos” por lixo boiando juntamente com os dejetos e, em vez de paisagem, contemplarem lixões nos quintais imundos que hoje se espalham por sua margem.
Elias Correa deplorava a “falta de cuidados dos porto-velhenses para com o rio Madeira” e conclamava os servidores do Legislativo a ajudarem a ampliar a consciência de que é preciso interromper a poluição no rio para proteger a água doce como recurso natural limitado e valioso no planeta.
O biólogo ensinava que essa preocupação ecológica é uma responsabilidade especial dos povos amazônidas – como o de Rondônia – porque dos apenas cinco por cento de toda a água existente na Terra que serve para beber, três por cento estão na Amazônia.
Além da aula sobre preservação ambiental, Elias Correa falou da ligação do rio Madeira com a história do povo rondoniense, desde os tempos da cidade de Santo Antonio do Madeira – hoje extinta e que antecedeu Porto Velho.
Antes da aula de Correa, houve uma sessão de terapia ocupacional dirigida pela instrutora do Programa Educação em Saúde do Trabalhador, Josinéia Araújo Rodrigues, envolvendo todos os servidores a bordo para melhoria da auto-estima, relaxamento físico e confraternização.
Participaram das atividades a psicóloga Ariene Patrícia Felix Quintela e a fonoaudióloga Judiléa Castro Silva Ramos, ambas da Escola do Legislativo.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Carlão de Oliveira, e principal mentor da Escola do Legislativo, Carlão de Oliveira, dirigiu-se ao barco antes da partida para falar da importância da aula ao vivo sobre a preservação ambiental e elogiar a Escola do Legislativo pela iniciativa e saudar os funcionários.

Wednesday, May 10, 2006

Escola do Legislativo
faz do rio sala de aula


Por Nelson Townes

Uma aula sobre o potencial turístico de Porto Velho com a preservação da Natureza através de um passeio de barco pelo rio Madeira. Essa é a atividade pedagógica marcada para amanhã, quinta-feira, a partir das 9 horas, pela Escola do Legislativo, órgão da Assembléia Legislativa de Rondônia.
A programação é destinada exclusivamente aos funcionários da Assembléia Legislativa e da Escola do Legislativo que já atingiram a “melhor idade” – ou seja, estão na pré-aposentadoria ou já se aposentaram. A aula-passeio será a bordo de um dos navios de madeira típicos da região, o “Comandante Nossa Senhora Aparecida.
É uma atividade do Programa Educação em Saúde do Trabalhador, que a Escola do Legislativo realiza através do Projeto Melhor Idade. O programa visa estimular a auto-estima dos servidores que chegaram à “melhor idade”, “a que começa aos 60 anos”, explica a instrutora Josinéia Araújo.
Os funcionários que participarão do passeio se reunirão desde cedo diante da Assembléia Legislativa para tomar, às 8 horas, um micro-ônibus que os levará ao atracadouro dos barcos de turismo, onde o “Comandante Nossa Senhora Aparecida” os aguarda. A partida do barco está marcada para as 9 horas.
A aula-passeio tem previsão de duração de duas horas e trinta minutos. O navio passará pela orla de Porto Velho e prosseguirá até imediações da cachoeira de Teotônio. O retorno está previsto para as 11h30.
À bordo os funcionários participarão de atividades ligadas à promoção da Saúde, da qualidade de vida e resgate de valores sociais do serviço público e ouvirão uma palestra do biólogo Elias Correa, instrutor da Escola do Legislativo, sobre o rio Madeira e turismo ecológico.
Será servido um lanche. Equipes mistas de médicos, para-médicos e bombeiros estarão a bordo para garantir total segurança ao passeio pedagógico.

Tuesday, May 09, 2006

Corrigindo erros na história
da imprensa em Rondônia


Nelson Townes

Caro professor,

Por amizade ao senhor e respeito pela instituição palco de sua recente explanação sobre a história da imprensa em Rondônia não direi seu nome, nem do local. Sinto-me obrigado, porém, em nome da verdade histórica, a apontar equívocos, distorções e omissões que o senhor desafortunadamente cometeu.
Espero que os acadêmicos que o ouviram leiam este artigo, para que não transformem os erros que ouviram em novas distorções de nossa história tão freqüentemente deturpada.
O senhor começa sua explanação pelo ano de 1891, apontando como primeiro jornal a circular na região o "Jornal Humaitaense", editado em Humaitá (hoje Amazonas), considerando que na época a área do município de Humaitá se estendia até a região da Cachoeira do Santo Antônio - e onde existia o povoado de Santo Antonio do Rio Madeira.
Mesmo admitindo que o Jornal Humaitaense tenha circulado em Santo Antonio, não creio que um jornal editado numa cidade distante desse povoado possa ser inserido na história da imprensa em Rondônia - ou melhor, Porto Velho, que nascia enquanto Santo Antonio se extinguia.
Considero o jornal "The Porto Velho Times", impresso aqui, e que começou a circular em 1909, com a data de fato grafada errado - 04.07.1609 - como o primeiro dos nossos jornais e um dos documentos de nascimento de Porto Velho.
O jornal era inaugurado na data do segundo aniversário da cidade,
e como o senhor bem lembrou, era editado em inglês, língua falada pela maioria dos habitantes da cidade-acampamento dos norte-americanos que construíam a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Adiante o senhor fala que em 1947 o governador Joaquim Vicente Rondon cria o Jornal "O Guaporé" e diz que ele funciona até 1948. A menos que tenha sido publicado um segundo jornal com o mesmo nome, "O Guaporé" em que trabalhei em 1969, sob a direção de Emmanuel Pontes Pinto, parou de circular em meados da década de 90.
Outro equívoco seu se relaciona com a criação da TV Educativa de Rondônia, canal 11, que tinha estúdio improvisado e transmissor no salão nobre do Palácio Presidente Vargas. Ela não funcionava em 1970, mas em 1974.
Era apenas um transmissor com um vídeo-tape para transmitir - com um dia de atraso - os jogos do Brasil na Copa do Mundo de 74. Era para entrar no ar apenas durante os 90 minutos do jogo.
Então eu, Dimas Queiroz de Oliveira e Dílson Machado Fernandes, que trabalhávamos na assessoria de imprensa do governo, convencemos o governador da época, o coronel João Carlos Marques Henriques, a nos deixar usar um tele-cine vindo por engano como câmera e lençóis pintados por Jussara Gotlieb como cenários - e esticar o horário da programação para mais de horas de programação local.
Marques Henriques, homem inteligente e amigo da comunicação, concordou. E fundamos a TV em Rondônia. A precaríssima TV Educativa forçou o governo federal abrir meses depois concorrência pública para TV comercial, que foi vencida pela Rede Amazônica de Televisão.
Da nossa aventura pioneira nasceu a TV Rondônia, na época repetidora da Rede Bandeirantes de Televisão. A primeira novela de TV assistida pelo povo de Porto Velho foi "Meu Pedacinho de Chão", da TV Bandeirantes. Comoveu tanto a cidade que virou nome de bairro,
Em 1976 o empresário Joaquim Pereira Rocha implanta o jornal "A Tribuna" que, ao contrário do que o senhor disse, não era impresso em máquina plana.
"A Tribuna" foi um divisor de águas na tecnologia da imprensa em Rondônia, foi o primeiro jornal impresso em ROTATIVA. Revolução tecnológica de igual magnitude somente ocorreria após o empresário Mário Calixto fundar "O Estadão do Norte" com a impressão em off set.
Embora o mais moderno da época, "A Tribuna" não foi, como o senhor disse, o primeiro jornal a circular em todos os municípios e vilas ao longo da BR-364. Esse feito faço questão de dizer é meu e da minha equipe de "A Palavra" - o primeiro jornal de Vila de Rondônia e da BR-364. Era distribuída até em lombo de burro.
Tínhamos correspondentes em todos os povoados que hoje são grandes cidades, como Cacoal, Pimenta Bueno, Vilhena. E também em Porto Velho. E até mesmo em Guajará Mirim.
Quando o senhor diz que o jornal "O Parceleiro" foi o. primeiro jornal sediado em um município do interior de Rondônia e com circulação nos principais cidades, mais vez esquece-se de "A Palavra" e do "Imparcial", de Guajará Mirim.
O senhor esqueceu de citar o aguerrido, desbocado, corajoso e freqüentemente empastelado "O Combate", de Inácio Mendes, o tablóide semanal que ousava encarar os militares da diatura.
Pior, caro professor, o senhor esqueceu um dos mais primordiais eventos da história da comunicação. O advento do telégrafo em Porto Velho..
Refiro-me ao telégrafo sem fio, ao potentíssimo transmissor da Estação Central da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, que foi quem informou para o Rio de Janeiro - em tempo real - quando o extenuado tenente Cândido Rondon chegou a Porto Velho carregando os postes de seu telégrafo que ainda usava fio.

Monday, May 08, 2006




O jornalismo narrativo vs. Internet em tempo real


Por Nelson Townes

Contribuição para o debate sobre “A Comunicação em Rondônia” realizado pela Escola do Legislativo da Assembléia Legislativa de Rondônia em 08-05-06, segunda-feira, sobre a Comunicação em Rondônia.

Com a invenção da Internet, mais uma vez ouve-se falar no fim do jornalismo, principalmente do jornalismo impresso, dos jornais diários. Falou-se disso quando foi inventado o rádio. O rádio se popularizou e os jornais continuaram vivos e cada vez melhores.
Veio a televisão. E falaram que a TV mataria o rádio e os jornais. O rádio e os jornais não apenas continuam vivos, como melhoraram.
Nasceu a Internet, a notícia em tempo real literalmente na “palm top” da mão, no telefone celular. E novamente ouve-se falar: os jornais impressos acabaram!
No entanto, se jornais morrem na Era da Internet é porque não estão aproveitando corretamente a oportunidade de revitalização que a invenção da nova mídia oferece.
É preciso começar pelo bê-a-bá e entender que jornais impressos, rádio, TV/cinema e Internet são linguagens diferentes de comunicação e que se completam.
A popularização da Internet é positiva para o jornalismo impresso, da mesma forma que o rádio e a TV.
Tenho 37 anos de carreira e se alguma coisa aprendi ao longo desse tempo foi que, quanto mais rápida é a mídia eletrônica na divulgação de um fato – rádio, TV, “site” da Internet – mais “narrativa” deve ser a mídia impressa.
O professor Mark Kramer, de Harvard, resume isso dizendo que: “As pessoas que ouvem fatos pelo rádio, TV e dispensam jornais que repetem os fatos, com 24 horas de atraso.”
A exceção da “equação” de Kramer são as rádios de Rondônia cujos noticiosos são cópia dos jornais matutinos. O rádio em Rondônia ainda não entrou na era do tempo real – com raras exceções. Mas, esta é uma questão a ser discutida em outra hora.
Nesta reunião, é preciso entender que não cabe à mídia impressa noticiar em tempo real. Isso é função da Internet (e rádio e TV on line).
É preciso entender, também, que não cabe à Internet (e rádio e TV on line) o detalhe, o pormenor, a notícia aprofundada, interpretada.
A Internet e a mídia eletrônica dão a notícia urgente, mas não têm tempo, nem ESPAÇO para os detalhes. Essa é a função dos jornais que amanhecerão no dia seguinte nas bancas.
A fórmula do novo jornalismo é: matérias curtas na Internet; matérias especiais, aprofundadas, detalhadas, extensas, nos jornais e revistas.
Não se trata de competir com a Internet, mas de os jornais entenderem que não podem concorrer com o tempo real (porque não lhes pertence) e que devem abraçar uma forma "narrativa" de jornalismo.
Prestem atenção no que ensina Kramer. Os fatos são importantes. São a base, o solo, onde lançamos os alicerces da nossa inteligência. Mas os leitores querem mais do que fatos: querem o confronto de um ser humano com eles.
Os leitores querem o relato --literário, sim; pessoal, sim-- dessa realidade primordial. Os leitores querem histórias, no sentido mais nobre do termo. Os leitores querem contadores de histórias. E a idéia de "jornalismo narrativo" não começou hoje, como mostra John Hartsock, em “History of American Literary Journalism.”
O jornalismo narrativo nasceu nas últimas décadas do século 19, no período pós-Guerra Civil, nos Estados Unidos.Os estudantes e os profissionais do jornalismo da Era da Internet precisam ler e aprender com Stephen Crane que escrevia sobre os mortos na Guerra Hispano-Americana perguntando: o que são nomes e números quando a morte destes homens transcende nomes e números?
Quem são estes soldados que todos os dias tombam na batalha? Quais são as suas famílias? Em que terras viveram? Em que casas? Não será possível dar rosto a esta gente e salvá-la do esquecimento numérico e burocrático?Foi possível, comenta o jornalista João Pereira Coutinho, num artigo publicado em “O Expresso”, de Lisboa.
“Um gênero estava criado”, diz Coutinho. Contra o positivismo alegadamente científico, que reduzia a realidade social à linguagem do laboratório, uma reação humana, demasiado humana.
E uma corrente "literária" que acabaria por dominar o jornalismo americano ao longo do século 20 e em momentos dramáticos da sua história. Como na Grande Depressão de 1930 e 1940.
Uma vez mais, era preciso transcender análises econômicas e gráficos acadêmicos. Era preciso relatar os dramas rurais (e reais) do Alabama, como James Agee fez em "Let Us Now Praise Famous Men". Sem esquecer a prosa de Edmund Wilson, Ernest Hemingway e toda a geração da "New Yorker", surgida pouco antes. O jornalismo narrativo não começou com Tom Wolfe ou Truman Capote que se limitaram a receber um riquíssimo patrimônio para enfrentar os dramas do tempo: a contra-cultura, o Vietnã. A morte de John F. Kennedy, que arrasou uma nação. E a luta pelos direitos civis.
Como sempre, o jornalismo abraçava formas narrativas como forma de responder aos dramas presentes. Dramas que transcendiam o jornalismo burocrático presente.E hoje? Novamente uso as palavras de João Pereira Coutinho: Hoje vivemos na ressaca de um sonho que durou entre duas quedas: a queda do Muro de Berlim, em 1989; e a queda de duas torres gêmeas, em 2001.
Esse tempo arcádico está acabado. Mas a crise atual não é apenas uma crise alimentada pela instabilidade terrorista que paira sobre as sociedades ocidentais.
É também uma crise do próprio jornalismo. Da possibilidade do jornalismo ser algo mais do que repetição senil de fatos, lançados por agências noticiosas e repetidos por jornalistas preguiçosos que, na maioria dos casos, escrevem sobre Washington ou Jerusalém sem nunca terem visto um amanhecer no Capitólio ou um crepúsculo na Cidade Antiga.Partilho da opinião de João Pereira Coutinho quando ele diz que a sobrevivência do jornalismo no mundo moderno passa pelo fim do jornalismo antigo.
Passa, até, por um antijornalismo, capaz de enterrar essa "objetividade" que se confunde com uma lista de supermercado.
“Eu não quero apenas fatos. Eu não quero a mera repetição de fatos que ouvi na noite anterior, disparados por uma boneca articulada no noticiário das oito. “Eu quero saber o que existe por dentro dos fatos. Uma guerra, uma vitória? “Eu quero saber quem são os derrotados, quem são os vitoriosos. Eu quero saber o que sentem os derrotados, o que sentem os vitoriosos. Como se portam e comportam.
“Eu quero ação e contradição. Palco. Iluminação. Eu quero ouvir. Eu quero ouvir gente a falar. Eu quero uma voz humana que, como Dante, seja capaz de descer às profundezas da nossa vida. E que regresse, ainda, para contar.”

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Friday, May 05, 2006





Filme de Beto Bertagna estréia neste domingo em todo o Brasil
Documentário será exibido pela TV Cultura e em todas as TVEs do país

PORTO VELHO, 05-05-06 - O documentário que vem de Rondônia, encerrando a exibição dos documentários brasileiros do DOCTV II mostra histórias de pessoas beiradeiras, entrecortadas por outras pequenas histórias relacionadas ao rio Guaporé , retratando a diversidade cultural da fronteira do noroeste do Brasil com a Bolívia.
Conta com as participações especiais do Professor-Doutor da Universidade Federal de Rondônia, Marco Antônio Domingues Teixeira , do poeta Thiago de Mello, do poeta Walter Bártolo , com trilha musical de Bado, Binho, Alkbal e do grupo Quilomboclada.
O líder quilombola José Soares Neto, o “Zeca Lula” narra a vida na comunidade de Santo Antônio do Guaporé, caminhando entre afloramentos de urnas funerárias indígenas.
O pequeno povoado tem o rio como único elo de ligação com a civilização e é constantemente ameaçado pelo sistema capitalista.
Mas às vezes o silêncio se sobrepõe, e o mais importante é a lentidão das águas e da sua gente...
Em outro trecho o ex-delegado de Pedras Negras, Ambrósio Paes, questiona o passado e o presente de uma região abandonada pelo poder público.
Hoje Pedras Negras é um povoado fantasma, assombrado pelo avanço da soja, que chega já às margens da fronteira...
Paes introduz hinos à celebração centenária da Festa da Coroa do Divino Espírito Santo, que congrega os homens e mulheres que vivem no lado brasileiro e no lado boliviano do rio, como Versalhes, Remanso, Surpresa, Pimenteiras, Rolim de Moura do Guaporé e Costa Marques.
Com depoimentos de promesseiros e do bispo de Guajará-Mirim, Dom Geraldo Verdier, o documentário também mostra a ótica da ocupação portuguesa no século 18 com a obstinação do Capitão-General Dom Antônio Rolim de Moura que vem com ordens da Coroa para fundar Vila Bela da Santíssima Trindade, a primeira capital do Mato Grosso.
O quarto governador da Capitania do Mato Grosso, Luiz Albuquerque de Mello Pereira e Cáceres edifica o Real Forte Príncipe da Beira no apogeu do período colonial.
Portugal precisava assegurar uma rota entre as minas de ouro de Mato Grosso e Portugal, através dos rios Guaporé, Mamoré, as cachoeiras do Madeira , o Amazonas e o Oceano Atlântico. Mas duzentos e vinte anos se passam desde sua inauguração e até agora nenhum tiro foi disparado , não há nenhuma luta na história da monumental fortaleza.
A fuga de escravos formou comunidades quilombolas ao longo do rio Guaporé, as verdadeiras guardiãs da fronteira do Brasil. E que hoje buscam cidadania.
Abandono, segurança nacional, tráfico de drogas, isolamento, amor à pátria, ignorância, história e memória formam um mosaico de cores fortes.
Os teimosos guaporeanos continuam a passar dificuldades em meio ao paraíso natural. Afinal, que Brasil é este que começa no rio Guaporé, palco de tantas lutas no passado entre as Coroas Espanhola e Portuguesa e hoje completamente abandonado?
O documentário será exibido às 22 hs(hora de Rondônia) deste domingo pela TV Cultura de São Paulo (canal 29 Sky) , ViacaboTV, pela TV Educativa do Rio , TV Nacional de Brasília, Rede Minas, TVE da Bahia, TVE Rio Grande do Sul, TV Cultura do Pará(Funtelpa), TV Cultura do Amazonas, TV Aldeia do Acre e em todos os outros estados através de uma rede de emissoras educativas, para um público estimado pelo Ibope em mais de 3 milhões de expectadores. Em Porto Velho, a apresentação no Cineoca acontece às 17:00 hs.

FICHA TÉCNICA

Abertura
Paulo Arruda

Locução
Clemente Drago

Trilha Sonora
Bado e Binho - CD "Aldeia de Sons"
Alkbal
Quilomboclada

Fotografia
Carlos Levy
Auristênio Rodrigues

Fotografia adicional
Aléxis Bastos

Edição
Preview
Gilmar Santos
Ray Corrêa

Coordenação Local
Cândrica Madalena Silva (Bebel)
Robson Vieira da Silva

Co-Produção
Beto Bertagna/CL Vídeo/Governo de Rondônia/TV Cultura

Roteiro e Direção
Beto Bertagna

Thursday, May 04, 2006

Clero irritado


PORTO VELHO, Rondônia, 05-05-06, quinta-feira, por Nelson Townes - A dualidade masculina-feminina (Jesus e Maria Madalena) - como Marte e Atena, ou Ísis e Osíris - que o escritor Dan Brown tenta dar ao Cristianismo em "O Código Da Vinci", é uma das coisas que irritam o claro católico e é apontada pelos estudiosos como uma das falhas de sua obra e do filme em que ela se baseia.
Este é um caráter que não pode ser atribuído ao Cristianismo, ainda que essa religião venha se alterando lentamente ao longo dos séculos e talvez venha a abraçar o princípio feminino em um futuro distante - dizem até mesmo membros do clero.
Especialistas lembram que o Cristianismo é a religião do Deus Pai e surgiu do judaísmo, que também era uma religião patriarcal. "Quem deseja uma religião que valorize mais o princípio feminino e não veja pecado nos aspectos terrenos deve procurar uma religião como a Wicca."
Mas, não é apenas a dualidade feminina-masculina do Cristianismo de Dan Brown que irrita a igreja católica e sim a total alteração que ele faz nos Evangelhos.
Diz o romance que os apóstolos ficaram com inveja do prestígio de Maria Madalena junto a Jesus, e tramaram contra Madalena, obrigando-a a fugir para a França.
E, na França, ela e seus filhos com Jesus passaram a ser protegidos por uma organização clandestina, o "Priorato de Sião", que até hoje protegeria os descendentes de Cristo dos ataques da Igreja Católica, transmitindo seus segredos em códigos ocultos.
Um desses códigos é o quadro da "Última Ceia", pintado por Leonardo Da Vinci. (Veja textos anteriores neste blog)

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Escola do Legislativo ajuda jovens a buscar primeiro emprego



PORTO VELHO, sexta-feira, 05/05/06, Nelson Townes - Jovens em busca de primeiro emprego, moradores no bairro JK, periferia leste de Porto Velho, foram diplomados na tarde desta sexta-feira, 5 de maio, como concluintes do curso de Qualidade no Atendimento realizado na região pela Escola do Legislativo, em parceria com a Fundação Haroldo Santos.
A entrega de certificados aconteceu no encerramento do curso ministrado pelo professor Francisco Tavares, da Escola do Legislativo, numa cerimônia em dependências da Fundação Haroldo Santos, onde foram dadas as aulas.
Os concluintes do curso são membros da comunidade e funcionários da própria Fundação Haroldo Santos que tem como lema e objetivo “trabalhar pelo bem estar da comunidade e
proteção e apoio às famílias.”
Grande parte dos alunos de Qualidade no Atendimento são rapazes e moças – de vários graus de escolaridade, do fundamental e médio ao superior – em busca de “capacitação pessoal” para melhor disputar e conquistar o primeiro emprego.
“Todos os que procuraram o curso querem melhorar a eficiência dos serviços que prestam ou querem prestar ao público” – disse o professor Tavares.
Tavares acrescentou: “Os alunos são ensinados a usar a inteligência emocional e a não se deixarem envolver pela tensão, tumulto ou confusão que eventualmente possam ocorrer no dia-a-dia de qualquer atividade profissional, principalmente nas que trabalham diretamente com o público.”
“Eles aprendem que é através do auto-domínio e da vontade de atender bem que se consegue os melhores resultados, tanto no serviço público como na empresa privada” – acrescentou. “A primeira impressão de um bom atendimento é fundamental para qualquer negócio ou atividade profissional.”
Cada aluno é treinado de forma tornar-se agente multiplicador dos conhecimentos divulgados pela Escola do Legislativo e Fundação Haroldo Santos.

Wednesday, May 03, 2006

A igreja repudia, mas não proíbe o filme “O Código Da Vinci”

PORTO VELHO, 03-05-06, quarta-feira, Nelson Townes - A igreja católica não recomenda, mas também não proíbe seus fiéis de assistirem ao filme “O Código Da Vinci”, baseado no best seller homônimo do escritor norte-americano Dan Brown. O filme que diz que Jesus não pensava ser Deus nem seus discípulos o consideravam divino estréia nos cinemas do mundo inteiro dentro de 15 dias. Em Porto Velho ainda não tem data marcada.
Até lá, o arcebispo desta Capital, dom Moacir Grechi prossegue recomendando intensificação da evangelização e dizendo aos fiéis que vejam o filme “com olhar crítico”. E “entrem no boicote” contra quem disser que é verdade que a crença na divindade de Jesus foi imposta pelo imperador Constantino no Concílio de Nicéia, no ano de 325 – uma das idéias de fundo da obra de Dan Brown.
A sinopse do filme “O Código Da Vinci” acompanha a estrutura do livro: professor da Universidade de Harvard Robert Langdon (Tom Hanks) viaja para Paris a negócios. Especialista em simbolismo, recebe uma ligação no meio da noite sobre o assassinato do curador do Museu do Louvre.
As pistas para o crime parecem estar escondidas no famoso quadro Monalisa, de Leonardo Da Vinci. Com a ajuda da criptógrafa francesa Sophie Neveu (Audrey Tautou), descobre que o curador estava envolvido em uma misteriosa sociedade secreta. Os dois percorrem a Europa em busca da solução para esse caso.
Produzido pela Columbia Pictures Corporation, o filme é dirigido por Ron Howard, com roteiro de Akiva Goldsman A música é de Hans Zimmer e a fotografia de Salvatore Totino
Os principais atores sãoTom Hanks, Ian McKellen, Alfred Molina, Jean Reno, Audrey Tautou.
O filme mostra os personagens descobrindo que Jesus e Maria Madalena representavam a dualidade feminina e que primeiros seguidores de Cristo adoravam o “sagrado feminino”, mas isso foi logo eliminado e a igreja se fez misógina.

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