Tuesday, November 28, 2006

Coluna do Nelson
28/11/2006
Terça-feira

I
Roubo

Ladrões roubaram os pacotes contendo os exemplares da edição de domingo do jornal O ESTADÃO DO NORTE, de Porto Velho, no depósito das rodoviárias de Ariquemes, Presidente Médici e Jaru. Os criminosos agiram antes que os distribuidores do jornal chegassem para providenciar sua circulação por essas cidades e região. Nova remessa de jornais foi feita e registrou-se a ocorrência na delegacia de Polícia.

II
Suspeito

A Polícia tem pista sobre quem mandou roubar os jornais, mas nada divulgada para não prejudicar as investigações. Mas, todos sabem que só pode ser alguém tentando impedir que o povo leia alguma coisa escandalosa a seu respeito publicada no jornal. Quem fez esse crime é tolo o bastante para não perceber que seu ato apenas confirma tudo o que está escrito sobre si.

III
Diploma

A “Folha de S.Paulo” reacende a polêmica da exigência de diploma para jornalistas. Elogia os magistrados que consideram anticonstitucional tal exigência, já que a Carta de 88 consagra o direito à livre expressão A “Folha” esquece porém que a Lei de Imprensa em vigor garante esse direito através da figura do “colaborador” que não precisa de diplome para escrever em jornal.

IV
Jornalistas

O colaborador de jiornal pode ser médico, engenheiro, piloto de fórmula 1, quitandeiro, qualquer coisa. Menos, jornalista. Este precisa ter a profissão regulamentada por lei e a formação acadêmica por dois motivos: primeiro, para aprender um mínimo de técnica; segundo, para defesa do mercado. É claro que diplomas não fazem jornalistas, mas viraram escudo da categoria.

V
Talento

No tempo em que não havia escolas de jornalismo, os jornalistas aprendiam o ofício no dia a dia das redações. Nada mudou. As faculdades apenas desenvolvem os profissionais cuja vocação vem do berço. É paradoxal: os jornalistas de verdade não precisam de diploma, mas ele é necessário para defender o jornalista. A profissão nunca esteve tão ameaçada por intrusos.

VI
Perícia

É de má fé dizer que o jornalista não precisa de diploma porque a imperícia em seu exercício profissional não seria tão grave quanto a de médicos, engenheiros e farmacêuticos. A imperícia no jornalismo pode ser mais grave do que um erro médico. Informações, a matéria prima do jornalista, podem salvar ou matar muito mais gente do que qualquer bisturi em mão errada.

VII
Recorde

Um estudante chinês chamado Lu Chao levou 24 horas e quatro minutos para recitar, de memória e sem nenhum erro, 67.890 dígitos do número pi, feito que representa um recorde mundial, informa a agência de notícias estatal chinesa, E daí? Para a maioria das finalidades práticas, no entanto, basta o conhecimento de algumas poucas casas decimais do pi.

VIII
Cultura

Dr. Waton, amigo de Sherlock Holmes, o detetive criado pelo escritor inglês Sir Arthur Conan Doyle, ficou escandalizado quando seu amigo lhe disse que não sabia se a Terra gira ao redor do Sol, ou é o contrário. “Que diferença me faz saber disso? Interesso-me pela cultura útil ao meu trabalho”, disse Holmes, que era químico, perito médico legal e criminalista. E competente no seu ramo.

IX
Da União

Estados como Roraima, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Tocantins, nas regiões Norte e Centro-Oeste, têm demandas com a União de mais de 20 anos. O governador reeleito de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), diz que seu principal pedido é a transferência de 4 milhões de hectares de terra para o patrimônio do Estado.

X
Federal

'O território foi transformado em Estado e todos os imóveis, inclusive o Palácio do Governo, constam ainda do patrimônio da União'. explica o secretário de Planejamento, Haroldo Amora. O Amapá também quer acertar o problema fundiário com a União. 'Apenas 11% de toda a área territorial é do Estado. O restante é federal', queixa-se o governador reeleito Waldez Góes (PDT)

XI
Rondônia
Em Rondônia, o governador reeleito Ivo Cassol (MD) reclama que até hoje não foi resolvida a situação de 12 mil servidores, que eram da União e hoje representam R$ 30 milhões por mês ao Estado. Enquanto em Roraima e Amapá os servidores foram considerados federais, em Rondônia isso não ocorreu. Outra queixa é quanto à dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron). Culpa do próprio Cassol, que fala, fala, mas nada faz.

XII
Conta eterna

O Beron custa ao Estado R$ 22,5 milhões por mês. Cassol alega que a dívida saltou de cerca de R$ 60 milhões para R$ 550 milhões durante a intervenção do Banco Central, no final da década de 90, e cobra do governo Lula essa conta O Beron tinha um pequeno problema de caixa que poderia ter sido resolvido a nível estadual. O Banco Central foi chamado a intervir e a dívida foi ampliada.

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