Friday, October 20, 2006

Coluna do Nelson
20/10/2006
Sexta-feira


Orçamento


A discussão sobre a destinação das verbas públicas do orçamento de Rondônia no próximo ano é a mais saudável prática da democracia. Essa discussão somente é superada pela da eleição dos próprios representantes do povo, que têm como principal tarefa atender a vontade popular, transformando-a em lei e definindo quanto e onde aplicar o dinheiro dos contribuintes.

Prioridades

Certamente que se analisarão os casos em que as verbas devem ser reduzidas ou aumentadas. Nada mais saudável. E nessa discussão, o fator custo benefício social é o mais importante. Há instituições que precisam ser protegidas e cada vez mais valorizadas, como a Escola do Legislativo da Assembléia Legislativa. Nenhuma instituição atendeu tanta gente ao mesmo tempo.

Punição
Lula aceitou que, caso seja confirmada a hipótese de que o dinheiro do dossiê saiu da sua campanha, estará sujeito a punição eleitoral. Mas emendou: "Duvido que seja da minha campanha", sem considerar, porém, a hipótese de caixa dois. Negou que tenha procurado com os amigos envolvidos na operação.

Vítima
Lula considera o ex-assessor Freud Godoy uma vítima do caso. Mas diz não estar convencido do mesmo em relação aos demais petistas. ” Alguém deu um tiro de canhão no próprio pé” - disse. ”A minha dúvida é saber quem arquitetou esse plano. É uma estratégia política. Alguém arquitetou e meia dúzia que se achavam inteligentes morderam a isca.
Mesmo teto Indagado sobre como pessoas de sua proximidade pudessem ter realizado tais atos ilícitos, Lula respondeu: “A gente só conhece uma pessoa quando está embaixo do mesmo teto. Na vida política, é mais difícil. Quando você convida um companheiro para um cargo, você o faz em função do seu passado político. Agora, se esse companheiro não as razões pelas quais você o convidou, você tem que afastá-lo.”
Dúvida

Perguntou-se ainda a Lula se as pessoas que no episódio do mensalão ele chamou de traidores e no caso do dossiê chamou de aloprados não entendem o que ele diz, o presidente candidato à reeleição respondeu: “Essa é a minha dúvida. É saber qual foi o argumento que convenceu esse bando de... essas pessoas a praticarem isso.

Pérolas comerciais

Mais algumas “pérolas” de comerciais de TV veiculados em Porto Velho. Num deles lê-se que determinado produto tem “autíssima qualidade”. Com “u”. Outra divulga o endereço de uma “funeilaria”. Faz sentido. Deve ser cruzamento de funerária com funilaria. Conserta o carro acidentado e enterra a vítima.

Barbaridades

Um carro anuncia “Mestiço Brasil brevimente”. Com “i”. Pior mesmo é ver aqueles monótonos, sem criatividade, sempre iguais, péssimos comerciais de supermercados anunciando que está em promoção o “leite condençado”. Com “ç”. E a gente na sala pedindo desculpas às visitas e mudando de canal. Com o risco de ver barbaridades maiores ainda.

Colorido

Mas, quem disser que a publicidade na TV não melhorou em Porto Velho nos últimos 20 anos esquece-se do tempo em que a televisão mostrava anúncios que só aqui poderiam aparecer nos intervalos da novela das 8. Bem na hora do jantar, você à mesa com a família, comendo e vendo o comercial de uma firma limpa-fossas mostrando cocô a cores.

Pitoresco

A história da publicidade em Rondônia tem histórias pitorescas. No início da década de 70, a Funerária Raposo, que ficava na av. Presidente Dutra, centro, contratou o então Padre Vitor Hugo, fundador e diretor da rádio Caiari, para participar de um comercial pela emissora. O anúncio transformou Vitor Hugo no primeiro garoto propaganda daqui.

Eficaz

O anúncio começava com uma música sinistra e a voz rouca do Padre Vitor Hugo falando num tom cavernoso autoritário: “Da morte ninguém escapa!” Em seguida ouvia-se um locutor (salvo engano o Osmar Vilhena) num tom jovial, alegre, falando da qualidade e dos ótimos preços dos caixões da Funerária Raposo, “bem ao lado da Panificadora Raposo”.

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