Monday, October 16, 2006

Coluna do Nelson
16-10-06, segunda-feira
Porto Velho, Rôndônia, Brasil
E-mail: nelsontownes@uol.com.br

De volta

Collor de Mello visitou o Senado sexta-feira passada. Como ex-presidente da República, o regimento interno da Casa lhe proporciona a prerrogativa de escolher o gabinete. "Ele veio fazer um tour pelo Senado. Ele achou que era uma sexta-feira enforcada pelo feriado e que ia ser mais tranqüilo aqui", disse um funcionário.

Visita

Além de visitar o gabinete de Siqueira Campos, Collor foi ao plenário do Senado que confirmou a cassação de seu mandato, em 1992, mesmo depois de ter apresentado sua carta de renúncia. Após a cassação, o ex-presidente ficou inelegível por oito anos. Em 1994, ele tentou candidatar-se à Presidência da República, mas não obteve registro.

Assembléia

Daqui a pouco os novos deputados de Rondônia também estarão escolhendo seus gabinetes na Assembléia Legislativa. É uma tradição que remonta ao final dos anos 80 quando foi eleito o Pedro Kemper, o Pedrão. Ele chegou empoeirado da BR na Assembléia, de mala e cuia e um chapelão, perguntando: “Onde é o meu quartinho?”

Placa

Um tanto desapontado ao saber que não encontraria (nem seria regimentalmente permitidol) armar sua rede dentro do gabinete, Kemper saiu a procura de um hotel, “simples”, “perto da Rodoviária”. Mas, não se deu por vencido. Mandou colocar na porta de seu gabinete uma placa onde se lia, simplesmente, “Pedrão.”

Incrédulo

Por falar em deputado, tem um que até agora não acredita ter perdido a reeleição. Ele acreditou nos amigos, nos assessores, nos puxa-sacos, em todos que lhe disseram que teria “mais de 10 mil votos”. E não teve. Mais desolado está o candidato que apostou todas as fichas numa categoria profissional... que costuma votar apenas nos Correios. Sempre em trânsito.

Vingança

Muito candidato decidiu que se estiver vivo na próxima eleição mandará matar o primeiro cabo eleitoral que lhe disser que está eleito ou que tem tantos votos. Os candidatos que mais fracassaram, os menos votados, foram exatamente os que acreditaram nas histórias positivas que os assessores lhe contavam. Gente que mentia só para animar o infeliz.

Manual

Um jornalista de Porto Velho está pensando em escrever um manual de candidatura para os políticos candidatos às próximas eleições. Não tem nada a ver com a legislação eleitoral. Será um guia de comportamento para ensinar aos candidatos coisas práticas como nunca se envolver em casos amorosos durante a campanha. A paixão drena a energia eleitoral.

Vontade

O manual ensinará, por exemplo, que o eleitor sempre tem razão, mesmo quando elege ou reelege pilantra e vagabundo. É a vontade do povo. Errado é o candidato que não foi eleito ficar se lamuriando e dizendo que o povo não sabe votar. Sabe sim. O povo sempre sabe escolher os políticos que merece. E de erro em erro, vai aperfeiçoando a democracia.

Fujão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou: fugirá do debate com o seu adversário Geraldo Alckmin amanhã, terça-feira, dia 17, na TV Gazeta. A informação é do presidente em exercício do PT e coordenador de campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia. "O presidente não poderá ir", disse Marco Aurélio, alegando problemas de agenda. Agenda é o novo nome do medo.

Entrevista

Segundo a emissora, o candidato tucano já havia confirmado presença. Portanto, como não haverá confronto entre os presidenciáveis, será realizada uma entrevista de 40 minutos com Alckmin. O próximo debate entre os presidenciáveis está marcado para a próxima quinta-feira, 19, no SBT, e terá a mediação de Ana Paula Padrão.

Agressivo

O primeiro confronto entre Lula e Alckmin desde o início da campanha eleitoral em 2006 aconteceu no último domingo, 8, na TV Bandeirantes. No debate, Alckmin surpreendeu o adversário por usar um tom mais agressivo. Durante toda a campanha do primeiro turno, o petista não havia participado de nenhum debate.

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