Coluna do Nelson
Sábado, 14/10/2006

Foi fácil

A seleção brasileira de futsal obteve anteontem a maior goleada de sua história: venceu o Timor Leste por 76 a 0, pela penúltima rodada dos Jogos da Lusofonia, que reúnem os países de língua portuguesa, em Macau, na China. O pivô Valdin aproveitou para quebrar o recorde mundial de gols numa só partida: foram 20 tentos. Difícil foi contar os gols.
Rítmo

A seleção do técnico PC não teve a menor dificuldade diante dos timorenses, que praticamente assistiram dentro da quadra ao massacre brasileiro. O Brasil estabeleceu uma média de dois gols por minuto no primeiro tempo, que fechou em 40 a 0. Na segunda etapa, o Brasil reduziu um pouco seu ritmo e fez "apenas" 36 gols.

Goleadas

A maior goleada da história da seleção brasileira de futsal era um 38 a 3 sobre o Uruguai, em 1991, pelo Campeonato Pan-Americano. O Brasil já havia vencido Angola, por 7 a 0, e Macau, por 27 a 0, na competição. No sábado, faz o jogo decisivo contra Portugal, que na quarta-feira, derrotou o Timor Leste por 56 a 0. Árbitros usam calculadora nos jogos.
Empréstimo

Um em cada três aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já recorreu ao empréstimo com desconto em folha, disponível desde maio de 2004. É o que mostra balanço da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), que processa a folha mensal de pagamentos da Previdência.
Barato

Até setembro, 6,4 milhões de segurados fizeram este tipo de operação de crédito, também chamado empréstimo consignado, o que representou 33% dos 19 milhões dos beneficiários do INSS. O consignado é uma das formas mais baratas de crédito do País. As taxas de juros mensais de 2,86% representam menos de metade da taxa de juro média de mercado.

Garantia

As prestações do consignado não podem ultrapassar 30% do valor mensal da remuneração e são descontadas diretamente na folha e repassadas aos bancos, que têm garantia de recuperação do crédito. O programa de crédito consignado foi aberto apenas para segurados do INSS com benefícios permanentes, como aposentadorias ou pensões, para facilitar o controle.

Venda

A venda da Amazônia é um assunto antigo e cada vez mais factível. O que o jornal inglês Daily Telegraphdivulgou na semana passada, no México, sobre o secretário de Meio Ambiente da Inglaterra, David Miliband, ter plano para privatizar a Floresta Amazônica, era defendido com maior ênfase pela ex-primeira ministra Margareth Tatcher.

Não confiam

A idéia geral é de que a Amazônia seja controlada por grupos e consórcios internacionais. Os ingleses e outros duvidam da capacidade brasileira de preservar a Amazônia, especialmente em Estados dominados por madeireiros, como Rondônia. A larga repercussão das palavras de Mr. Miliband criou até constrangimentos ao governo inglês.

Devaneio

Portanto, o assunto não é o que o deputado Eduardo Valverde (PT-RO), membro da Comissão da Amazônia, pensa ser um “grande devaneio diplomático”: “Todo esse incidente diplomático, se deu por que membros do governo inglês resolveram apoiar implicitamente o tal projeto que é de um megalomaníaco chamado Johan Eliash”, diz o parlamentar.

Borracha

A Amazônia perdeu o monopólio da produção da borracha e entrou num ciclo de decadência do qual a maior parte do seu território ainda não se recuperou porque ninguém se importou muito quando um biopirata inglês, contratado por um jardim botânico, salvo engano de Londres, roubou sementes de seringueira para planta-las na Malásia.

A cobra

Era tanto o perigo de cobra (e jacaré) durante a reportagem-excursão feita no feriado ao lago do Cuniã, em Porto Velho, pelos repórteres Paulo Ricardo (texto) e Marcelo Gladson (fotos) que, quando algo caiu de uma árvore no pescoço de Marcelo, ele se jogou no chão gritando que havia sido picado. Paulo Ricardo salvou-o. Viu que a cobra era apenas uma folha caída.